domingo, novembro 26, 2006


Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.

Sophia de Mello Breyner Andresen









As rosas

Quando à noite desfolho e trinco as rosas
É como se prendesse entre os meus dentes
Todo o luar das noites transparentes,
Todo o fulgor das tardes luminosas,
O vento bailador das Primaveras,
A doçura amarga dos poentes,
E a exaltação de todas as esperas.

Sophia de Mello Breyner Andresen"Dia do Mar"

(1º ed. Ática 1947, vol. I da "Obra Poética", ed. Caminho)




Uma grande escritora, sem dúvida alguma! Ainda me recordo nos meus tempos de criança (há muitos anos atrás, ou entao não...) de apresentar um trabalho sobre ela, em que minhas últimas palavras foram: "Leiam livros."
Tenho saudades de quando devorava alguns livros por semana. Não digo vários por semana, pois a semana tem apenas 7 dias de 24h, mas lia muito mais do que leio agora...

Quero ler! Quero ler! Quero encostar-me numa rocha com um livro nas mãos, mas não quero desses com páginas brancas...hmm, quero poder tocar na areia enquanto mergulho num outro mundo... Quero ler um livro de barriga para o ar e ir brincando ao "faz de conta" com as núvens no céu...

suspiro...

suspiro...



quarta-feira, novembro 15, 2006



Eternidade

A vida passa lá fora,
Ou na pressa de uma roda,
Ou na altura de uma asa,
Ou na paz de uma cantiga;
E vem guardar-se num verso
Que eu talvez amanhã diga.



Amanhã...


Li este poema há algumas semanas atrás e passei-o para o pc. Mas houve uma falha, pois esqueci-me de escrever o nome do seu autor e agora já não me lembro. E, para ser franca, não me apetece levantar da cadeira na qual estou instalada só para ir procurar o nome do poeta...Sei que ele anda algures numa destas estantes, mas em qual? Não importa...
O que importa é que a vida passa. Uns dias mais depressa, outros mais devagar...Mas há coisas que ficam, são os tais pormenores...


Só escrevo coisas inúteis e incompletas....Por detrás de uma palavra estão tantos significados e tantas outras palavras! Raras são as vezes em que não me desvio e em que não me perco nas diversas percepções que nem sabia que podia atribuir a esse aglomerado ordenado de letras...Mas sou constantemente surpreendida por interpretações externas que nunca me passariam pela cabeça. NÃO PENSEM!!! Sim, não pensem! Sou responsável apenas pelas minhas interpretações. Ponto final. Parágrafo!

São frases absurdas feitas de palavras absurdas. Se eu própria o sei, porque é que teimo em as escrever?! Isto é assim tão absurdo?

Simplesmente perco-me...


Agradecia, desde já, a colaboração dos estimados leitores deste blog para quando se aperceberem de algum texto absurdo me notificarem...

Simplesmente perco-me...

Simplesmente perco-me...

Simplesmente perco-me...


B e i j i n h o s s a l t i t a n t e s



Fim

Falam por mim os plátanos da rua:

Deixam cair as folhas amarelas,

E ficam hirtos na friagem nua

Como mastros sem velas.

Miguel Torga

segunda-feira, novembro 13, 2006

Tou gelada e nem o chocolate me cativa...

Eu


Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem sorte,
Sou a irmã do sonho, e desta sorte,
Sou a crucificada...a dolorida...

Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...

Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!

Florbela Espanca, Livro de Mágoas

Eu sou a que tem um sorriso nos lábios
Sou a que desata a rir no meio do nada
Sou aquela a quem apertam as bochechas
Sou a eterna sonhadora
Sempre a divagar.
Sou a que chamam de distraída,
pois enquanto caminho olho para o infinito.
Sou simplesmente eu!
E não há ninguem que o saiba ser tão bem!

Sou de outras coisas


Sou de outras coisas
pertenço ao tempo que há-de vir sem ser futuro
e sou amante da profunda liberdade
sou parte inteira de uma vida vagabunda
sou evadido da tristeza e da ansiedade

Sou doutras coisas
fiz o meu barco com guitarras e com folhas
e com o vento fiz a vela que me leva
sou pescador de coisas belas, de emoções
sou a maré que sempre sobe e não sossega

Sou das pessoas que me querem e que eu amo
vivo com elas por saber quanto lhes quero
a minha casa é uma ilha é uma pedra
que me entregaram num abraço tão sincero

Sou doutras coisas
sou de pensar que a grandeza está no homem
porque é o homem o mais lindo continente
tanto me faz que a terra seja longa ou curta
tranco-me aqui por ser humano e por ser gente

Sou doutras coisas
sou de entender a dor alheia que é a minha
sou de quem parte com a mágoa de quem fica
mas também sou de querer sonhar o novo dia

Fernando Tordo
Sou doutras coisas
sou de utilizar fotos de flores sem pedir autorização
sou de transformar dias de chuva em dias de sol
porque quero ser sempre colorida
como aquela flor..

quinta-feira, novembro 09, 2006

*F*E*L*I*Z* *A*N*I*V*E*R*S*Á*R*I*O*

Venho por este meio demonstrar a minha enorme alegria por teres nascido! Tenho orgulho em ser tua amiga (das grandes!!) e de fazer parte daquele círculo restrito ao qual poucos têm acesso!!

Que possamos sempre festejar esta data por muitos e bons anos!

Agradeço-te que não fiques convencido nem te comeces a babar (nem que seja pelo facto de eu não ter nenhuma babete para te emprestar) por teres um post dedicado exclusivamente a ti!

Agora ri-te, senão eu vou ter de te ir fazer cócegas!

* b e i j i n h o s g r a n d e s *

quarta-feira, novembro 08, 2006

Dunas

Contar os grãos de areia destas dunas é o meu ofício actual. Nunca julguei que fossem tão parecidos, na pequenez imponderável, na cintilação de sal e oiro que me desgasta os olhos. O inventor de jogos meu amigo veio encontrar-me quase cego. Entre a névoa radiosa da praia mal o conheci. Falou com a exactidão de sempre:«O que lhe falta é um microscópio. Arranje-o depressa, transforme os grãos imperceptíveis em grandes massas orográficas, em astros, e instale-se num deles. Analise os vales, as montanhas, aproveite a energia desse fulgor de vidro esmigalhado para enviar à Terra dados científicos seguros. Escolha depois uma sombra confortável e espere que os astronautas o acordem.

Carlos de Oliveira
Também estou a meio de uma contagem, mas não é de grãos de areia....é de pedras!! Encontraram-me quase cega, mas de sono... E não me falaram com exactidão....

domingo, novembro 05, 2006


Abram alas para o Noddy!!!!

Abram alas para o Noddy!!!! NODDY!!!! :D

O Noddy é mesmo fofo...deixa-me tola! lolol

Trajada e sentada no carrinho do Noddy! Simplesmente fizemos com que as pessoas que circulavam por ali ficassem paradas de boca aberta a olhar para nós!! lol
Ainda bem que há tolinhas e tolinhos!!

Um beijinho em especial pa caloirinha maluca!

sábado, novembro 04, 2006

Reparei que tudo o que postei aqui sempre de acordo com o meu estado de espírito e por isso muitas das vezes que queria postar acabava por não o fazer, pois tais textos não estavam minimamente de acordo com o que se passava comigo. Mas isso vai acabar!! A partir de agora vou colocar aqui "o que me der na telha". As pessoas que me são mais chegadas saberão distinguir quando algo que aqui foi publicado está ou não de acordo com o meu estado de espírito.


Aqui fica um exemplo:

Doidas, doidas, doidas andam as galinhas
para pôr o ovo lá no buraquinho.
Raspam, raspam, raspam p'ra alisar a terra,
picam, picam, picam p'ra fazer o ninho...

agora imaginem alguém (sabe-se lá quem...) a dançar isto, às vezes a solo, outras vezes em grupo no meio de um recinto público denominado faculdade (não digo o nome completo, para não irem já a correr p'ra lá para assistirem ao espectáculo...). Experimentem dançar e cantar com uma maçã vermelha na boca (imaginem um leitãozinho prontinho a ser comido com uma maçã bem vermelhinha na boca...). Lamento informar, mas se usarem uma maçã amarela já não tem o mesmo efeito...

O meu chapéu tem três bicos,
tem três bicos o meu chapéu.
Se não tivesse três bicos,
o chapéu não era meu!

A professora de BB I ficou sensibilizada por 2 ou 3 das suas alunas irem tão contentes para a aula. Até pensou que tivesse sido efeito de alguma festa que se tivesse prolongado até horas tardias e que tais alunas tivessem ido directas para as aulas...Mas as ditas cujas alunas esclareceram a tão surpreendida professora: apenas gostavam de ir com pensamentos positivos para aquela sala!

Gosto do Tobias, do Óscar e do Gervásio. Lembro com muita paixão aqueles breves segundos em que tive oportunidade de dançar na arrecadação com um deles. Mas fui apanhada em flagrante por uma tolinha...

Fotos e filmagens apenas são permitidas pela dona deste blog e participante activa destas actividades académicas!

Um agradecimento às meninas e aos meninos que permitem este óptimo aproveitamento das salas, corredores e arrecadações, dos materiais, dos esqueletos e do boneco musculado do tal estabelecimento de ensino superior.

Um abraço especial para o Tobias, Óscar e Gervásio. Sem vocês o que seria de nós?! (Falo em nome das outras participantes ou assistentes...)

Primos do Óscar e do Tobias



Como podem ver, eu não estou tola hoje. Este post não tem a ver com o meu estado de espírito actual, visto hoje ser sábado e eu ter acordado ainda há pouco...
Outra das razões para às vezes demorar mais a actualizar o blog é por não encontrar uma imagem que fique (minimamente) bem com o texto...